Rio de Janeiro faz capacitação para policiais e guardas municipais trabalharem com usuários de crack

17/12/2012 - 19h52

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Secretaria de Estado de Segurança, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, formou hoje (17) 48 operadores de segurança, entre eles policiais militares, civis e guardas municipais, para atuar no combate ao crack. A formatura ocorreu na sede do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), na zona oeste da capital fluminense, e tem por finalidade integrar o programa do governo federal Crack, É Possível Vencer, que tem o objetivo de criar políticas públicas na luta contra a droga.

Os 48 operadores de segurança foram treinados para trabalhar em áreas de uso do crack, facilitando a integração entre as ações das políticas de saúde, de assistência social, de prevenção e de segurança pública. O critério para a escolha dos participantes privilegiou os membros dos batalhões situados em localidades onde existe maior incidência de usuários da droga, como o 3º Batalhão de Polícia Militar, no Méier, que atua na área do Jacarezinho na zona norte.

De acordo com a Coordenadora Estadual de Polícia Comunitária, Leiriana Figueiredo, o objetivo é integrar e otimizar o trabalho desenvolvido pelas autoridades. "A intenção é que na formação dos profissionais, a gente reforce o aspecto de proximidade com esses grupos [usuários de drogas] e também trabalhe de maneira integrada com as áreas de saúde e assistência social. É um curso que reforça muito os pilares que são propostos pelo Programa Crack, É Possível Vencer, trabalhando na perspectiva da educação, da prevenção, da saúde e da assistência, onde a segurança pública entra nesse cenário como mais uma área articuladora e agregadora para que nós possamos enfrentar juntos esse problema do crack, que é um problema que desafia todos nós no dia a dia", explicou Leiriana.

Segundo a instrutora do Proerd, Renata Viana, a iniciativa serviu para os policiais se conscientizarem da importância do papel que eles desempenham na sociedade em relação ao combate às drogas.

"O curso deu uma ampla visão do que está acontecendo nas ruas, e na sociedade de um modo geral, nos mostrou como podemos entender um pouco esse mundo das pessoas usuárias de crack que estão em situação de rua. A importância desse curso foi focada em pessoas que estão em situação de rua, nós aprendemos sobre abordagem, sobre os danos que o crack causa, o vício que é muito rápido. Na primeira vez em que as pessoas usam, elas infelizmente acabam se viciando", disse Renata.

Edição: Fábio Massalli