PM do Rio vai usar balões com câmeras para monitorar UPPs

03/12/2012 - 20h16

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro vai utilizar balões com câmeras para captar imagens durante ações em áreas de conflitos, patrulhamento de comunidades com unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e grandes eventos na capital fluminense. Usados pelas tropas norte-americanas no Afeganistão, os balões têm de 1,8 metro a 4 metros de diâmetro e são equipados com uma câmera com capacidade de operar por até 72 horas consecutivas. O início dos testes está previsto para este mês. O governo calcula que o sistema estará em funcionamento a partir de janeiro.

Segundo informações da PM, os balões de hélio são capazes de identificar o rosto de uma pessoa a um raio de 3 quilômetros e dispõem de um dispositivo para gravações noturnas. Ficarão a uma altura de 100 metros do chão e podem suportar ventos de até 80 quilômetros por hora. O equipamento ficará preso ao solo por um cabo que transmitirá as imagens ao centro de controle policial mais próximo.

De acordo com o chefe do Centro de Controle Operacional da PM (CCO),tenente-coronel Márcio Costa Lima, os balões não esvaziam rapidamente, mesmo se atingidos por balas, por exemplo. “Os balões terão várias aplicações. Podemos usá-los para observação em UPP ou movimentação suspeita de público em eventos. Quem estiver no comando terá uma visão ampla e completa do local. Os balões não desinflam rapidamente se forem danificados. É difícil um tiro, por exemplo, ter precisão a mais de 1 quilômetro, mas se for acertado [o balão], não corre o risco de cair na hora,” explicou Lima.

Dois modelos do equipamento, um de origem brasileira e outro israelense, estão sendo analisados pela equipe do CCO. A compra dos balões integra o processo de modernização da PM, iniciado nos últimos anos. Em 2011, carros da corporação ganharam computadores de bordo, e até o fim deste ano, câmeras de segurança em alta definição serão instaladas nas viaturas dos batalhões dos municípios de São Gonçalo e Niterói, na região metropolitina do Rio.

Edição: Carolina Pimentel