Brasil e Polônia querem incrementar comércio bilateral

26/11/2012 - 15h05

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os governos do Brasil e da Polônia querem ampliar as parcerias comerciais para incrementar as relações econômicas entre ambos. O ministro das Relações Exteriores da Polônia,  Radosław Sikorski, veio ao Brasil acompanhado por uma delegação de 60 empresários para reuniões em São Paulo e no Rio de Janeiro. A ideia é negociar principalmente nas áreas de gás, petróleo, infraestrutura e indústria pesada.
 
Sikorski conversou com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, também sobre a ampliação de acordos científicos e técnicos, assim como para troca de presos já condenados. No Brasil, a comunidade polonesa reúne cerca de 1,8 milhão de pessoas, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul.
 
Patriota disse que é “muito promissor o intercâmbio comercial” entre os dois países, assim como na área cultural e científica. Sikorski acrescentou que é a terceira vez que visita o Brasil como representante da Polônia e que aproveitou o encontro com Patriota para convidar a presidenta Dilma Rousseff a conhecer o país.

“Estamos distantes geograficamente, mas temos muito em comum. Polônia e Brasil passaram bem [pelos efeitos da] crise econômica internacional porque temos políticas sólidas”, ressaltou o chanceler polonês, lembrando que ele e Patriota conversaram sobre as tensões no Oriente Médio e a crise na zona do euro.

Nos últimos anos, têm sido registradas taxas significativas de crescimento do comércio entre Brasil e Polônia. De 2007 a 2011, o intercâmbio comercial aumentou 76%, passando de US$ 540 milhões para US$ 948 milhões no período.

As exportações brasileiras para a Polônia são compostas, na maioria, por produtos manufaturados, que representaram 54% das vendas em 2011, com destaque para aviões, peças para helicópteros e paraquedas, além de automóveis. De Brasília, o chanceler polonês segue para São Paulo onde tem reuniões com empresários da Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp) e, depois para o Rio para conversas na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Edição: Carolina Pimentel