Experiência brasileira com Rede Sentinela é apresentada em evento internacional de farmacovigilância

10/11/2012 - 13h24

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Rede Sentinela, que reúne 191 instituições de saúde de todo o país, foi apresentada hoje (10) durante o encerramento do 9º Encontro Internacional de Farmacovigilância das Américas. O objetivo da rede é reunir parceiros para subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária com a notificação de eventos adversos e queixas técnicas ligadas ao uso de produtos para a saúde, como medicamentos, sangue e hemoderivados.

De acordo com Patrícia Fernanda Barbosa, da Coordenação de Vigilância em Serviços Sentinela, a rede tem três pilares principais: a busca ativa, a notificação de eventos e o uso racional de tecnologias. Segundo ela, desde 2006, quando começou a ser utilizado o sistema via web, o número de notificações cresceu significativamente. “Em relação à nossa expectativa de notificação quanto à população, ainda estamos muito aquém, mas o número tem crescido, as ações têm sido estimuladas.”

Patrícia destacou que o grande desafio agora é envolver a sociedade na vigilância. “Queremos estimular parcerias internacionais para que a população do mundo comece a viver com maior qualidade de vida, especialmente no que diz respeito aos cuidados com sua saúde”.

Para o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, o maior objetivo do evento, iniciado na última quinta-feira (8), é promover a integração entre as experiências de cada país. “Compartilhar, todo mundo compartilha, mas temos que ser capazes de estabelecer redes que aproveitem as capacidades de cada uma das autoridades nos países para ampliar a segurança no conjunto. Essa é uma preocupação de todo mundo, e vários caminhos de integração foram apontados”, disse Barbano à Agência Brasil.

Segundo ele, as experiências coletadas durante o evento serão levadas para os fóruns da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para que esses organismos consigam orientar a formação de redes.

Edição: Carolina Pimentel