SP: distribuidoras e trabalhadores não chegam a acordo para fim da greve do gás de cozinha

08/11/2012 - 20h12

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Terminou sem acordo a reunião entre representantes do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) e de sindicatos de Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo para tentar colocar um fim à greve que afeta o abastecimento de gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha) no estado. A audiência ocorreu na tarde de hoje (8) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo.

A contraproposta feita pelos trabalhadores foi rejeitada pelo sindicato patronal. Com isso, os trabalhadores do setor continuarão em greve, iniciada no dia 29 de outubro. Segundo o TRT, o caso agora deverá seguir para julgamento, com abertura de prazo para apresentação das defesas. Ainda não foi confirmada a data para o julgamento.

A categoria quer reajuste salarial de 7,39%, cesta básica e valor extra de R$ 310, além de participação nos lucros e resultados de 210%.

De acordo com os sindicatos dos trabalhadores, a greve afetou o abastecimento de gás de cozinha em várias cidades do interior de São Paulo e também na capital paulista. Em alguns locais, informa o sindicato, algumas representantes de distribuidoras já subiram o preço do produto.

Por se tratar de um serviço essencial à sociedade, a Justiça determinou que pelo menos 30% dos funcionários trabalhem em cada um dos setores, tanto na produção quanto no escoamento do produto, sob pena de multa diária no valor de R$ 50 mil.

Em comunicado à imprensa, o Sindigás disse que a proposta patronal, que foi aprovada pela Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, é 6% de reajuste salarial e participação nos lucros e resultados de 160%. Mas os trabalhadores paulistas não aceitam a proposta. “O Sindigás lamenta que os trabalhadores de São Paulo se mantenham irredutíveis diante da proposta aceita pela categoria em todo o Brasil”, diz o comunicado.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios, Derivados de Petróleo, IPM, Marinas e Garagens Náuticas (Sindminérios), de São José dos Campos (SP), as negociações começaram no dia 4 de setembro e, desde então, houve quatro rodadas de conversas, sem sucesso. No dia 5 de novembro, outros sindicatos do estado também entraram em greve, acompanhando a decisão do sindicato de São José dos Campos.

Edição: Carolina Pimentel