Esforço para pagamento dos juros da dívida é o pior para setembro desde 2009

30/10/2012 - 11h52

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O superávit primário, esforço para o pagamento de juros da dívida, do setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – chegou a R$ 1,591 bilhão, em setembro, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (30). O esforço fiscal foi muito menor do que o registrado em setembro de 2011 (R$ 8,096 bilhões) e é o pior para o mês desde 2009, quando foi registrado déficit de R$ 5,4 bilhões. Em agosto deste ano, o superávit primário ficou em R$ 2,997 bilhões.

De janeiro a setembro, o superávit primário chega a R$ 75,816 bilhões, inferior ao resultado de igual período de 2011 (R$ 104,637 bilhões). Em 12 meses encerrados em setembro, o resultado ficou em R$ 99,889 bilhões, o que representa 2,3% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.

O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 13,844 bilhões, em setembro, e acumularam R$ 161,424 bilhões, nos nove meses do ano, ante R$ 17,267 bilhões e R$ 177,474 bilhões em iguais períodos de 2011,  respectivamente.

Com isso, o déficit nominal, formado pelo resultado primário e as despesas com juros, ficou em R$ 12,254 bilhões, no mês passado, e em R$ 85,609 bilhões, de janeiro a setembro. Em setembro do ano passado, o déficit nominal ficou em R$ 9,171 bilhões e, nos nove meses de 2011, em R$ 72,838 bilhões.

O Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social), de janeiro a setembro, registrou superávit primário de R$ 54 bilhões, enquanto os governos regionais (estaduais e municipais) apresentaram R$ 20,501 bilhões e as empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram R$ 1,315 bilhão.

Em setembro, o superávit primário do Governo Central foi R$ 931 milhões. Os governos regionais registraram superávit de R$ 1,144 bilhão, e as empresas estatais tiveram déficit nominal de R$ 484 milhões.

Edição: Juliana Andrade