Polícia não descarta execução na morte de vereador eleito em Niterói

26/10/2012 - 21h11

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – A polícia não descarta a hipótese de execução na morte do vereador eleito por Niterói Lúcio Diniz Araújo Martelo, o Lúcio do Nevada. Ele foi atingido por vários tiros na noite de ontem (25), em Niterói. O delegado responsável pelo caso, Paulo Guimarães, da 78ª Delegacia de Polícia, disse que colocou cinco equipes de policiais para investigar o caso, mas não quis adiantar detalhes. Ele declarou apenas que já foram colhidas impressões digitais no carro usado pelos matadores e que parte da ação foi gravada por uma câmera de segurança.

“Eu não posso mencionar as linhas de investigação porque isso atrapalharia nosso trabalho. Nenhuma hipótese está sendo descartada. Temos imagens parciais do evento, temos a perícia datiloscópica, que é importante e vai nos revelar algumas coisas”, disse o delegado, que fez questão de ir ao velório, no Cemitério Parque da Colina, no bairro de Pendotiba.

No mesmo cemitério, na capela ao lado, foi velado o corpo do desembargador aposentado Gilberto Fernandes, também morto na cidade, em uma tentativa de assalto, quando ia buscar os netos em uma escola. Primeiro desembargador negro no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Fernandes ainda foi levado ao hospital com vida, mas acabou morrendo na madrugada de hoje (26).

O presidente do tribunal, desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos, esteve no velório e disse lamentar profundamente a morte do juiz. “Nós não eramos apenas colegas. Eramos irmãos. Eu tinha um relacionamento muito fraternal com o Gilberto e com a família dele. Ele vai fazer muita falta, pois era um exemplo para a magistratura. Ninguém merece isso. Menos ainda ele, que era um homem bom, sempre educado e polido.”

Segundo a polícia, a principal linha de investigação no caso do desembargador é a de latrocínio, matar para roubar.

 

Edição: Aécio Amado