Simpatizantes e correligionários de Chávez espalham clima de festa nas ruas de Caracas

08/10/2012 - 18h05

Carina Dourado
Enviada especial da EBC
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Caracas e Brasília – Nas ruas da capital venezuelana, a reeleição do presidente Hugo Chávez, que ficará no poder até 2019, gerou um clima de festa desde a noite de ontem, quando foi anunciado o resultado, que perdura hoje (8). Os simpatizantes e correligionários de Chávez se vestiram de vermelho e saíram às ruas. No rosto, o sorriso e no discurso, a confiança de que o país está no caminho adequado.

Chávez venceu as eleições ontem (7) com 54,42% dos votos, sendo que seu principal opositor, Henrique Capriles Radonski, conquistou 44,9%. Mais quatro candidatos estavam na disputa, mas não alcançaram 1% dos votos. No país em que o voto não é obrigatório, mais de 80% dos 18,8 milhões de eleitores foram às urnas.

O funcionário público Júlio Frota disse à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que a festa da vitória continuará por muito tempo. "É uma vitória que todos queríamos, por tudo o que ele está fazendo e o que ele já fez pelo país", acrescentou.

O economista Fred Rafael Lopez ressaltou que “foi bom para o país que Chávez seja o vitorioso”. Será o terceiro mandato do atual presidente, que deverá completar 20 anos no poder de forma consecutiva. Segundo Lopez, a expectativa é que o presidente cumpra suas promessas de campanha.

Para o economista, Chávez tem que buscar cada vez mais parcerias na América Latina. “[A vitória de Chávez vai] engrandecer mais o Mercosul. Mas é preciso promover a reintegração do  Paraguai ao bloco. É o que falta para completar o grupo", disse ele.

O motorista Jendril Huera destacou que o principal desafio de Chávez é promover melhorias que proporcionem melhor qualidade de vida para os venezuelanos. Para ele, o principal problema está no área de segurança. "Presidente Chávez, é preciso melhorar a segurança, como foi feito no Rio de Janeiro, no Brasil, onde a segurança melhorou muito", apelou o motorista como se estivesse falando diretamente ao presidente da República. "Temos alimentos, petróleo e ouro. A pátria tem tudo, mas a segurança ainda é um tema muito restrito."

Edição: Lana Cristina