Comando da Liga Árabe defende criminalização da blasfêmia como forma de conter violência

27/09/2012 - 7h17

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário-geral da Liga Árabe (que reúne 23 nações), Nabil Elaraby, defendeu ontem  (26) a criminalização da blasfêmia. Ele discursou durante sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A defesa ocorre no momento em que há uma onda de ataques às representações norte-americanas em vários países em reação a um filme anti-Islã.

Segundo Elaraby, os insultos à religião muçulmana constituem ameaça séria à paz e à segurança internacionais. A afirmação do secretário-geral da Liga Árabe esbarra em resistências das autoridades dos Estados Unidos e da Europa que condenam qualquer restrição à liberdade de expressão.

No entanto, Elaraby insistiu que se o Ocidente criminalizou atos que podem resultar em danos pessoais, também deve criminalizar atos que podem causar “danos psicológicos e espirituais”. Ele condenou a onda de violência provocada pelo filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo.

Anteontem (25), a presidenta Dilma Rousseff repudiou, em discurso na 67ª Assembleia Geral da ONU, os atos de violência contra as representações norte-americanas e de aliados, assim como o preconceito em relação aos muçulmanos.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa 

Edição: Graça Adjuto