Simulação de sequestro no metrô do Rio mobiliza o Bope

11/08/2012 - 16h53

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Uma simulação de ação terrorista com reféns no metrô do Rio mobilizou 200 policiais de elite na manhã de hoje (11). Participaram da operação policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Grupamento Aeromóvel (GAM), além da guarda municipal e funcionários do metrô.

A situação envolvia três terroristas latino-americanos que levavam explosivos para o Estádio do Maracanã. Funcionários do metrô perceberam algo estranho e acionaram o Bope às 10h. O trecho entre as estações Cidade Nova e São Cristóvão foi paralisado e o local foi cercado, com atiradores de elite posicionados em um viaduto.

A negociação tensa seguiu até às 11h20, quando policiais desceram o viaduto de rapel e fizeram a invasão tática do vagão, com o auxílio de cães de faro. Ao fim da operação, os terroristas foram rendidos, mas houve um refém morto e quatro feridos.

O treinamento faz parte dos preparativos de segurança para a atuação das equipes de policiais e funcionários da concessionária em situações de emergência nos grandes eventos que ocorrerão na cidade, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Também participaram 80 funcionários da segurança do MetrôRio.

De acordo com o tenente-coronel André Silva, subcomandante do Bope, a operação foi importante para treinar a integração das forças de segurança da cidade e privadas, bem como o tempo de resposta à situação e isolamento da área, como fechamento de vias.

“Nesses grandes eventos a polícia tem que estar preparada e desde já estamos fazendo exercícios para reconhecimento das principais áreas da cidade, o metrô atende mais de 700 mil pessoas por dia, então é uma área importante, é um possível alvo. A ideia da simulação foi testar a nossa capacidade de resposta, a integração também com o sistema do metrô, o reconhecimento das áreas e fazer um estudo de caso pra saber quais são as nossas possibilidades”.

O coordenador de segurança do MetrôRio, Wagner Fernandes, disse que a simulação ajuda as forças de segurança a entenderem melhor como funciona o sistema de transporte.

“O sistema metroviário é muito específico e toda essa parceria e esse treinamento fazem com que a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil tenham um conhecimento melhor do nosso sistema e possam agir em qualquer eventualidade”.

Essa foi a oitava mega simulação promovida no MetrôRio, a maioria com o Corpo de Bombeiros, para atuar em caso de acidente. Com o Bope, é o segundo treinamento. Toda a simulação ocorreu em um trecho do metrô que não opera nos fins de semana, portanto, não interferiu na circulação normal dos trens.

Edição: Fernando Fraga