Secretaria de Direitos Humanos ouve reivindicações de vítimas das chuvas na região serrana do Rio

08/08/2012 - 21h12

Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Representantes da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) estiveram hoje (8) no Vale do Cuiabá, em Petrópolis, para reunir informações com vítimas da tragédia das chuvas de 2011 na região serrana fluminense e ouvir as reivindicações delas.

No fim de semana, foi publicado na imprensa que o número de vítimas seria muito maior do que os 905 mortos e 121 desaparecidos que constam na lista oficial. A denúncia é que famílias inteiras teriam sido levadas pelos deslizamentos de terra, não restando nenhum parente para fazer o registro do desaparecimento.

De acordo com o coordenador-geral de centros de Referência da SDH, João Alves, representantes da secretaria estão visitando as pessoas ouvidas na matéria e reunindo informações com vítimas para depois conversar com o governo do estado.

“Hoje a gente tirou medidas administrativas para encaminhar os passos que estão na nota oficial divulgada segunda-feira. Estamos fazendo o levantamento preliminar de informações”.

Ainda sem data marcada, a reunião com o governo do estado deve ocorrer até sexta.

Entre as ações previstas pela SDH estão serviços jurídicos, atendimento psicossocial de familiares de desaparecidos e articulação com a administração pública para solucionar a demanda das vítimas.

Também serão feitas pesquisas em cartórios, sobre óbitos registrados como indigentes e em órgãos públicos, na rede de ensino e assistência social para verificar a alegação de que existem mortos e desaparecidos que não estariam na lista oficial. A denúncia publicada fala de quase 10 mil medidores de energia que desapareceram no dia 12 de janeiro de 2011, nas cidades de Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e Nova Friburgo cujos clientes não voltaram à contatar a concessionária.

O trabalho será coordenado pelos centros de Referência em Direitos Humanos de Petrópolis, Nova Iguaçu e Juiz de Fora.

Edição: Fábio Massalli