Ministro do Trabalho destaca capacitação profissional de jovens para conter desemprego

08/08/2012 - 18h35

Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro do Trabalho, Brizola Neto, disse hoje (8) sobre a necessidade de investimento na capacitação profissional para conter o desemprego entre os jovens.

“Há necessidade de investimento nos jovens, porque os índices de desemprego atingem 13% da população com até 24 anos. Isso é três vezes mais do que em outras faixas etárias”, disse, acrescentando que o sistema de aprendizagem deve ser aperfeiçoado, pois é um mecanismo importante para o mercado de trabalho.

O ministro observou que muitas empresas não aderem aos programas de capacitação, porque existem dúvidas quanto ao cumprimento de metas.

Brizola Neto considerou ainda um avanço a aprovação da PEC do Trabalho Escravo, que “garante a punição onde for encontrado trabalho escravo e análogo à escravidão e a desapropriação em áreas rurais e urbanas.”

Sobre a greve dos servidores públicos, o ministro afirmou que as negociações com as categorias devem ser conduzidas pelo Ministério do Planejamento, conforme previsto em decreto governamental. “O que é natural porque é onde estão os limites orçamentários. O que o Ministério do Trabalho pode fazer é auxiliar no processo de negociação e esticar alguns limites para estabelecer um consenso.”

O ministro participou da abertura da 1ª Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (CNTD) que irá discutir e analisar propostas de políticas públicas que poderão ser implementadas nos próximos anos. A CNTD fecha um ciclo de conferências estaduais realizado desde 2010, em que foram tratados temas pontuais e locais relacionados às questões sobre trabalho e emprego.

O encontro deverá ter a participação de cerca de 1,5 mil pessoas, incluindo delegados de todos os estados brasileiros, representando o Executivo, empregados, empregadores e organizações da sociedade civil, segundo o ministério. O evento vai até sábado (11), quando será aprovado documento final com recomendações aos governos, trabalhadores e empregadores.

“A conferência é a oportunidade de o Estado firmar o trabalho como vetor do desenvolvimento nacional. A forma como foi organizada toda a 1ª CNTD de legitimidade, pois houve consulta popular e participativa e contribuição da sociedade civil. Estamos vinculando a agenda do trabalho ao futuro do país”, disse Brizola Neto à Agência Brasil.

A CNTD é estruturada em quatro eixos temáticos: princípios e direitos, proteção social, trabalho e emprego e fortalecimento do diálogo social. Os temas serão discutidos em grupos de trabalho temáticos e depois analisados em plenárias.

Edição: Carolina Pimentel