Obras em condomínio de Niterói que ameaçava desabar não têm previsão de conclusão

07/08/2012 - 17h08

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - As obras de escoramento do bloco 5 do Condomínio Santos Apóstolos, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, inciadas hoje (7) não têm previsão para terminar. A afirmação foi feita hoje à Agência Brasil pelo secretário de Defesa Civil do município, coronel Adilson Alves de Souza. Na última sexta-feira (3), foram constatadas rachaduras no décimo andar do prédio de 22 andares.

O secretário disse que, embora a rachadura tenha sido encontrada no décimo andar, foi definido em reunião ontem (6) com técnicos da empresa contratada pelo condomínio para realizar o reparo que as obras terão início no subsolo e vão até o 13° andar. De acordo com Souza, essa medida visa avaliar se houve problemas estruturais em andares inferiores.

"Os técnicos entendem que vão ter que fazer uma avaliação de toda a coluna do 13° para baixo, para identificar se há alguma possibilidade [de rachadura], para que haja um serviço entregue com garantia de que não terá problemas posteriores. Depois que eles assinarem a conclusão da obra, a responsabilidade da estabilidade do prédio vai passar a ser deles [do condomínio]. Então é um trabalho muito técnico que tem que ser feito com bastante consciência e exatidão, para não ter problemas depois".

De acordo com Souza, parte do pátio da Universidade Federal Fluminense (UFF), vizinha ao condomínio, pode ser liberada após ser iniciada a obra. "Feito isso, a gente já consegue liberar os anexos da UFF que estão interditados e o prédio não terá mais risco de entrar em colapso", disse.

Segundo o coronel, em função da falta de previsão para serem concluídas as obras, moradores dos 41 apartamentos interditados pelo órgão não poderão retornar às suas moradia, sendo autorizados somente a pegar seus pertences.

"O tempo da obra eles [os técnicos] não me deram. Se não for encontrado problema, a obra levará algum tempo. Caso seja encontrada alguma irregularidade, tem que ser reparada e o tempo se estenderá. O prédio só vai ser liberado para ocupação após as obras serem concluídas", disse.

A rachadura foi vista na última sexta-feira (3) por funcionários que faziam serviços de pequenos reparos na parede do prédio. Uma corrosão de barras de ferro com o esmagamento do concreto na coluna foi o que chamou a atenção dos trabalhadores.

O prédio de 22 andares e 41 apartamentos foi interditado também na sexta-feira pela Defesa Civil Municipal. De acordo com o órgão, o bloco 3, que teve alerta de risco emitido, será inspecionado pela empresa responsável pela reparação da rachadura.

Edição: Fábio Massalli