Balança comercial começa o segundo semestre com superávit de US$ 2,9 bilhões

01/08/2012 - 16h51

Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A balança comercial brasileira, que registra o movimento das exportações e importações, teve superávit de US$ 2,879 bilhões, em julho, segundo dados divulgados hoje (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado de US$ 21,005 bilhões em exportações e US$ 18,216 bilhões em importações no período.

O resultado faz com que a balança comercial comece o segundo semestre no azul. Nos primeiros seis meses do ano, a balança registrou o pior resultado para o período nos últimos dez anos.

Em julho, a média diária dos embarques externos foi US$ 954,8 milhões, queda de 9,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve redução nas três categorias de produto: básicos (-10,7%), semimanufaturados (-12,5%) e manufaturados (-7,6%). No caso dos básicos, a retração foi, principalmente, nas vendas de petróleo em bruto, minério de ferro, café em grão, carne de frango, minério de cobre e fumo em folhas.

A média diária das compras internacionais somou US$ 823,9 milhões, baixa de 59,5% em relação a julho de 2011 (US$ 910,2 milhões). De acordo com o MDIC, caíram os gastos com matérias-primas e intermediários (-12,4%), bens de consumo (-11,6%), bens de capital (-6,2%), e combustíveis e lubrificantes (-1,7%).

No acumulado do ano, as exportações somam US$ 138,219 bilhões e as importações, US$ 128,270 bilhões, com saldo positivo de US$ 9,949 bilhões. O resultado é 38,2% menor que o registrado no mesmo período de 2011, quando o superávit somou US$ 16,097 bilhões.

O secretário executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, afirmou que, mesmo com o saldo positivo, a greve de auditores fiscais da Receita Federal e dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que trabalham nas aduanas acabou impactando nos resultados. “A greve afeta as exportações e as importações. A fotografia que estamos passando do mês é impactada pela greve da Receita e da Anvisa. Até acho que importações foram mais atingidas que exportações, mas não dá para separar efeito”, disse.

Edição: Lana Cristina//A matéria foi ampliada às 18h34