Temer e Patriota participam de debates sobre combate à fome e crise na Guiné-Bissau

18/07/2012 - 8h22

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A 9ª Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Maputo (Moçambique), terá como temas principais o combate à fome e à pobreza, além da violência na Guiné-Bissau e a adesão da Guiné Equatorial ao grupo. O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, representam o Brasil.

Por dois anos, a comunidade será presidida por Moçambique. A comunidade, criada em 1996, é formada por oito países – Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

De acordo com os organizadores da cúpula, preocupam aos integrantes o agravamento da crise na Guiné-Bissau. A chefe da delegação de Moçambique, Albertina MacDonald, disse que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa não reconhece o comando militar que assumiu o poder na Guiné-Bissau, em abril, e comandou o golpe de Estado no país.

Também está em discussão a possibilidade de adoção de medidas comuns de esforços conjuntos para o combate à fome e à pobreza. Autoridades africanas, de vários países, já visitaram o Brasil para analisar os programas de transferência de renda em execução no país. Participam dos debates o o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e o diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva.

Além de participarem das reuniões da comunidade portuguesa, Temer e Patriota conversam com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, e com o primeiro-ministro, Aires Ali. Eles também visitarão projetos de cooperação, como a fábrica de antirretrovirais e locais de investimentos produtivos brasileiros.

Em 2011, o intercâmbio comercial entre o Brasil e Moçambique registrou US$ 85,3 milhões, crescimento de 101,2% em relação a 2010. As importações brasileiras originárias de Moçambique, no mesmo ano, também registraram crescimento expressivo (104,4%).

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

Edição: Talita Cavalcante