Países doadores prometem US$ 16 bilhões ao Afeganistão, mas condicionam ajuda

08/07/2012 - 13h40

Das agências Lusa e BBC Brasil

Brasília – Passados mais de 13 meses da morte de Osama Bin Laden no Afeganistão após operação das Forças Armadas norte-americanas, cinco países – Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha e França – prometem destinar recursos para a reconstrução do país onde se refugiou o fundador e líder máximo da Al Qaeda.

Mesmo sob impacto da crise financeira internacional, os cinco países, membros do G8 (grupo dos países mais desenvolvidos), prometem doar US$ 16 bilhões (R$ 32,5 bilhões) em quatro anos ao Afeganistão. Segundo o Banco Mundial, as doações estrangeiras correspondem a 95% do Produto Interno Bruto (PIB) afegão.

Apesar da extrema dependência externa, o apoio está condicionado à manutenção da agenda de reformas receitada pelo Ocidente. "Isso inclui lutar contra a corrupção, melhorar a governança, fortalecer as leis e aumentar o acesso a oportunidades econômicas para todos os afegãos, especialmente as mulheres", disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, durante a reunião de representantes de mais de 80 países que apoiam o Afeganistão.

“A nossa ajuda está condicionada: é preciso que haja eleições democráticas, que a luta contra a corrupção seja mais eficaz, que os direitos humanos, em particular das mulheres, sejam respeitados”, reforçou o ministro dos Negócios Estrangeiros da França, Laurent Fabius.

Neste domingo, duas bombas em estradas no Afeganistão mataram 14 civis e feriram mais três no sul da província de Kandahar. Conforme a polícia local, a primeira bomba atingiu um carro e a segunda explodiu quando um trator chegou para resgatar os feridos. De acordo com autoridades locais, há civis, mulheres e crianças entre os mortos.