Grupo de Ação para a Síria cria orgão de transição para buscar pacificação do país

30/06/2012 - 17h35

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Grupo de Ação para a Síria decidiu hoje (30) pela criação de um “órgão executivo de transição” para tentar pacificar o país. O órgão deverá ser formado por integrantes do governo de Bashar Al Assad e da oposição.

O grupo reuniu-se em Genebra (Suíça), após convocação feita pelo enviado das Nações Unidas e da Liga Árabe a Síria, Kofi Annan. Além dos chanceleres dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – formado pelo Reino Unido, os Estados Unidos, a França, China e Rússia –, participaram também da reunião os representantes do Iraque, Kuwait, Catar e da Turquia.

O órgão governamental será responsável por rever a Constituição síria e convocar eleições livres e multipartidárias. “Hoje, a comunidade internacional deu sua cooperação em um nível mais forte ao ser clara e específica. Foi lançado um caminho que esperamos seja abraçado e trabalhado pelo povo sírio. Estamos determinados a trabalhar juntos e urgentemente para pôr fim à violência, aos abusos contra os direitos humanos e ao lançamento de um processo político para uma transição que atenda às aspirações do povo sírio permitindo-lhes determinar seu próprio futuro com independência e democracia”, disse Annan.

No início da reunião, Annan advertiu que o fracasso na implementação de um plano de paz na Síria poderia provocar uma crise internacional.

Aliada ao atual governo sírio, a Rússia era um dos países que mais cobrava a participação de Bashar Al Assad em um processo de transição. O representante russo no Grupo de Ação para a Síria vetou a possibilidade de o presidente sírio deixar o comando do país. Já a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que não há outra solução que não a saída de Assad do poder.

Desde o início do levante contra Assad, em março do ano passado, mais de 15 mil pessoas, a maioria civis, morreram, segundo estimativas de organizações internacionais de direitos humanos.

* Com informações da BBC Brasil

Edição: Lana Cristina