Índice de Confiança da Construção registra segunda queda consecutiva

06/06/2012 - 10h41

Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), apresentou queda de 7,8% na média do período de março a maio, a segunda variação negativa consecutiva. Em abril, a taxa registrada foi -6,8%. O resultado desta apuração é o pior desde fevereiro, quando a variação trimestral média ficou em -8,4%. De acordo com a fundação, o resultado sinaliza que o momento de desaceleração mais geral da economia está influenciando as avaliações do setor.

O ICST ficou em 126,1 pontos, na média de março a maio de 2012, contra 136,8 pontos, no mesmo período do ano passado. Os segmentos que mais contribuíram negativamente para a piora foram obras de instalações (de -5,3%, em abril, para -7,6%, em maio) e obras de infraestrutura para engenharia de elétrica e de telecomunicações (de -13,1% para -15%).

Também apresentaram queda os segmentos de preparação de terreno (de -4,6%, em abril, para -6,2%, em maio) e construção de edifício e obras civis (de -6,8% para -7,7%). Os destaques positivos, por sua vez, foram registrados nos segmentos de obras e acabamento (de -4,5%, em abril, para -2,9%, em maio) e aluguel de equipamentos de construção e demolição (com operador), que passou de 3,4%, em abril, para 6,1%, em maio.

A piora do ICST também foi influenciada pelo pessimismo do empresariado em relação ao futuro do setor. O Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou variação negativa de 6,5% no trimestre encerrado em maio, ante -5,3% em abril. O item que avalia a expectativa dos empresários sobre a demanda para os próximos três meses foi o que mais pressionou para o resultado, com variação de -7,4%, em maio, ante -5,9%, no trimestre encerrado em abril.

A avaliação dos empresários sobre a situação atual do setor também apresentou queda, de 9,3%. Em abril, o Índice da Situação Atual (ISA-CST) teve variação negativa de 8,6%. O quesito que avalia como estão os negócios foi o que mais contribuiu para queda da taxa, com variação trimestral de -11,1% em maio, ante -10,2% em abril.

Das 731 empresas consultadas, 30,9% avaliam a situação atual como boa, na média do trimestre encerrado em maio, contra 42,4% no mesmo período de 2011, e 10,2% a consideram ruim, ante 6,5%.

 

Edição: Juliana Andrade