Em meio às eleições no Egito, ex-assessor de Mubarak é condenado por corrupção

28/05/2012 - 7h34

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Suhaib Salem Zakaria Azmi, ex-chefe de gabinete do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak,  foi condenado ontem (27) a sete anos de prisão por corrupção. A sentença pronunciada por um tribunal penal do Cairo, capital do Egito, impõe ainda ao ex-assessor de Mubarak multa de US$ 6,2 milhões. A condenação ocorre no momento em que o Egito promove suas primeiras eleições presidenciais dos últimos 60 anos.

Zakaria Azmi, assessor de Mubarak desde 1989, foi impedido de deixar o Egito graças a uma proibição de saída do território decretada pela Justiça em março de 2011, um mês após a queda do ex-presidente. O ex-chefe de gabinete foi colocado em regime de prisão preventiva, assim como outros colaboradores do governo Mubarak, e passou a ser julgado em outubro por corrupção.

Nos próximos dias 16 e 17, há o segundo turno das eleições no Egito. Os eleitores escolherão entre  o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, e o general da reserva Ahmed Chafiq (que foi primeiro-ministro de Mubarak). As eleições estão polarizadas, segundo analistas políticos. Hamdeen Sabahy, terceiro colocado, levanta dúvidas sobre os resultados e suspeita de irregularidades.

O primeiro turno dividiu os egípcios entre aqueles que desejam evitar a eleição de um político religioso e os que temem a volta de políticos ligados ao regime deposto. A ascensão de Chafiq, ex-colaborador de Mubarak, reflete a preocupação de muitos egípcios com a desordem e com a violência política que há no país.

*Com informações da emissora pública de rádio da França, RFI//Edição: Graça Adjuto