Tensão na Guiné-Bissau, no Mali, Sudão e Sudão do Sul predomina nas discussões de Patriota na África

24/04/2012 - 8h35

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reúne-se hoje (24) com o responsável pelo Comitê de Paz e Segurança da União Africana (que reúne 42 nações), o argelino Ramtane Lamamra, em Adis Adeba, na Etiópia. Em pauta, as crises que atingem a Guiné-Bissau, o Mali, Sudão e Sudão do Sul. Desde ontem, Patriota está na Etiópia. Ele irá também à Tunísia e à Mauritânia.

Em comunicado divulgado ontem (23) à noite, o governo do Sudão acusa o vizinho Sudão do Sul de manter homens armados na fronteira entre os dois países. “O governo do Sudão do Sul não respondeu aos repetidos apelos da comunidade internacional e mantém as suas atividades hostis para minar a estabilidade e a segurança do Sudão”, diz a nota.

A região entre o Sudão e o Sudão do Sul é considerada uma das mais tensas da África, pois sofre com disputas políticas e econômicas internas, além de confrontos entre etnias e milícias. O número de refugiados que tenta escapar dos conflitos aumenta a cada ano.

Na Guiné-Bissau, a comunidade internacional se preocupa com a falta de acordo para negociar o fim do impasse causado pelo golpe de Estado, ocorrido no último dia 14. O Brasil e os países de língua portuguesa defendem uma solução negociada e pacífica. Mas os Estados Unidos querem o envio de forças de paz.

No Mali, a apreensão ainda é constante devido também a um golpe de Estado. A comunidade internacional condenou a ação e fechou um acordo para que até 6 de abril, o líder do golpe, Amadou Haya Sanogo, encerre o clima de instabilidade no país. A ideia é escolher o primeiro-ministro por consenso e promover eleições presidenciais no prazo de 40 dias.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Ediçâo: Graça Adjuto