Segurança do STF ficou mais rígida durante gestão de Peluso

19/04/2012 - 8h45

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A passagem de Cezar Peluso pela presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) resultou em uma mudança significativa no sistema de segurança da Suprema Corte. Hoje, as cerca de 2 mil pessoas que circulam diariamente pelo Supremo precisam passar por um sistema rigoroso de identificação, que inclui catracas, travas eletrônicas de acesso a salas, câmeras de segurança e vigilância constante de seguranças, que impedem o trânsito de qualquer um que esteja sem crachá.

Assim que assumiu a presidência, Peluso convocou para a chefia da segurança o coronel Marley Elysio dos Santos, que tinha experiência na gestão de segurança do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “Não queremos proibir o acesso de ninguém, apenas controlar”, afirmou o coronel, negando que haja exagero nas medidas adotadas para controle da circulação de pessoas, uma vez que se trata da sede de um poder da República.

Desde então, os investimentos em segurança aumentaram significativamente, ficando abaixo apenas do orçamento da Comunicação Social, que atende às estruturas da TV Justiça e da Rádio Nacional. Neste ano, o orçamento da área de segurança do STF totaliza R$ 30 milhões, destinados a gastos fixos, inclusive de pessoal, além de contratos já empenhados. Segundo o coronel Elysio, não houve aumento do número de seguranças e vigias na gestão de Peluso, embora hoje eles estejam mais bem treinados para cumprir seu papel.

Na gestão anterior à de Peluso, havia 80 câmeras analógicas de segurança, que não retinham as imagens em banco de dados. E apenas 60 funcionavam. Hoje, o tribunal é vigiado por 365 câmeras digitais, que armazenam os registros por pelo menos 90 dias. O acesso a salas estratégicas do tribunal passou a ser limitado por 292 portas eletrônicas, liberadas apenas com a aproximação de crachá do pessoal autorizado.

Logo na entrada do Tribunal, 41 catracas eletrônicas foram instaladas para controlar o acesso de visitantes e dos próprios funcionários, com a manutenção do sistema de identificação com funcionários do STF e passagem de pertences pelo raio X. Para incentivar os vigias a fazer rondas, especialmente de madrugada, foram instalados 45 pontos eletrônicos em áreas estratégicas do tribunal, com roteiros predefinidos.

Uma das poucas medidas de segurança que acabaram não vingando foi a instalação de vidros blindados para cercar o plenário do STF. A ideia foi deixada de lado porque a mudança acabaria comprometendo a estrutura física do Tribunal.

Edição: Nádia Franco