“Pode até não existir vazamento zero, mas eu quero”, diz presidenta da Petrobras

17/04/2012 - 14h03

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – A presidenta da Petrobras, Graça Foster, voltou a defender hoje (17) que a empresa tenha uma política de “vazamento zero” de petróleo e derivados em suas unidades de produção. Nos últimos meses, casos de vazamento foram registrados em plataformas da Petrobras nas bacias de Santos e de Campos.

“Me dizem que isso [vazamento zero] não existe. Pode até não existir, mas eu quero”, disse a presidenta da Petrobras, durante evento no Rio de Janeiro. “Na dúvida [de haver um vazamento], é um dever [do responsável pela unidade] parar a produção. Não precisa de autorização para parar.”

A preocupação com acidentes aumenta na medida em que crescem as operações da Petrobras, principalmente depois das descobertas de grandes reservatórios de petróleo na camada pré-sal. A nova versão do plano estratégico da empresa, que será divulgado neste ano, ainda não foi concluída. Apesar disso, segundo ela, o plano deve ser bem parecido com o vigente, produzido no ano passado. “Não são irmãos gêmeos, mas são primos de primeiro grau”, disse.

Segundo o planejamento vigente, a empresa colocará em operação mais 14 sondas neste ano, que serão usadas para perfurar 42 poços, mais do que o dobro do número do ano passado. As reservas provadas, hoje avaliadas em 15,7 bilhões de barris, devem, pelo menos, dobrar nos próximos anos, conforme se confirmem as reservas dos megacampos recém-descobertas, que somam mais de 15 bilhões de barris.

Em 2012 e 2013, mais sete plataformas deverão entrar em operação, ampliando de 124 para 131 o número de unidades de produção de petróleo. E a média de produção diária de petróleo deve saltar dos 2,1 milhões atuais para 6 milhões em 2020.

 

Edição: Lílian Beraldo