Amigos da Síria querem mais prazo para governo adotar plano de paz na região

02/04/2012 - 8h06

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na declaração final do grupo Amigos do Povo da Síria, os representantes dos países que tentam negociar o fim do impasse na região apelaram para que as Nações Unidas e a Liga Árabe fixem novo prazo para que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, adote o plano de paz. No momento em que se negociava a paz, pelo menos 40 pessoas foram assassinadas no país, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Em mais de um ano, cerca de 10 mil pessoas morreram em decorrência dos embates entre manifestantes e forças leais a Assad. “O grupo dos Amigos saudou os esforços do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, e expressou apoio à aplicação integral do seu mandato”, diz a declaração final do grupo, formado por representantes de 83 países reunidos em Istambul, na Turquia.

“[Fazemos um apelo ao] enviado especial para que determine um prazo para as próximas etapas, incluindo um regresso ao Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] se as mortes continuarem”, acrescentaram os Amigos do Povo da Síria no texto.

A secretária de  Estado norte-americana, Hillary Clinton, lembrou que há mais de uma semana Assad prometeu executar o plano de paz e até agora não houve mudanças. Manifestando impaciência, o chanceler da França, Alain Juppé, disse que deve ser fixado um limite para Assad executar o plano.

Pelo plano apresentado por Annan, deve ser posto em prática um cessar-fogo na região, a abertura das negociações políticas e a ajuda humanitária. Os Amigos do Povo da Síria ressaltaram ainda o direito da população à autodefesa.

O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS) - principal organização da oposição -, Burhan Ghalioun, anunciou que serão pagos salários para os integrantes do chamado Exército rebelde. De acordo com alguns dos presentes, a  Arábia Saudita e o Catar vão contribuir com a oposição.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto