Serviços de empresas flagradas oferecendo propina só serão interrompidos depois de nova contratação

21/03/2012 - 16h00

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – O fornecimento de alimentos e os serviços realizados pelas quatro empresas flagradas oferecendo propina para ganhar licitações no hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) só serão interrompidos após a contratação de novas prestadoras. As assessorias de comunicação das três esferas de governo informaram que esses serviços permanecem para não prejudicar a população, como o fornecimento de alimentação no Hospital Federal do Andaraí, dos presídios do estado, da Guarda Municipal e do Zoológico do Rio. O processo de substituição dos serviços, no entanto, não foi esclarecido por alguns órgãos.

O governo do Rio informou que a substituição dos serviços essenciais nas instituições estaduais está sendo decidida caso a caso pela Secretaria da Casa Civil e pela Procuradoria-Geral do Estado. As empresas Bella Vista, Rufolo e Locanty continuam prestando serviços de alimentação, limpeza e apoio administrativo e atividades auxiliares, respectivamente, para a Secretaria de Saúde do Estado. Serão convocadas para os novos serviços as empresas que ficaram em segundo lugar nas respectivas licitações.

A assessoria do Ministério da Saúde informou que o serviço ao Hospital Federal do Andaraí, zona norte, pela empresa Bella Vista só será suspenso quando outra prestadora assumir o serviço, por meio de contratação emergencial. Empresas que prestam serviços para outros hospitais no Rio estão sendo chamadas. A cozinha do Hospital do Andaraí está em obra e a alimentação é fornecida pela Bella Vista há quatro meses, em regime emergencial, após o cancelamento com outra prestadora.

Com relação ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), ao Instituto Nacional do Câncer (Inca) e ao Instituto Nacional de Cardiologia (INC), foi publicada nesta manhã no Diário Oficial a suspensão imediata dos contratos em vigor com as empresas suspeitas de cometer fraudes em processos licitatórios. As três unidades hospitalares federais têm prazo de 30 dias para concluir o processo administrativo e adotar as medidas cabíveis. O Inca, porém, informou que não tem contrato vigente com nenhuma das empresas.  

No caso da prefeitura, as empresas denunciadas que prestam serviço para o município são a Locanty e a Bella Vista Refeições Industriais. Os órgãos que a prestadora Locanty tem contratos – Previ-Rio, Controladoria-Geral do Município, Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Rio Zoo e Secretaria Municipal de Saúde – continuam a receber os serviços das empresas investigadas até a conclusão de novos contratos.

 

 

 

Edição: Lílian Beraldo