Consumidores tentam driblar os reajustes dos preços dos alimentos no dia a dia

08/03/2012 - 15h38

Da Agência Brasil

Brasília – A constatação, revelada hoje (8) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que aumentou, em média, 1% os preços dos alimentos no mundo, puxados pelo açúcar, cereais e óleos, também é percebida no Brasil. Em Brasília, donas de casa e pais de família reclamam da elevação das despesas domésticas devido ao aumento dos preços nos supermercados em geral.

A aposentada Maria José de Brito, de 57 anos, disse à Agência Brasil que o aumento foi geral – de todas mercadorias que consume no seu dia a dia. “O arroz e feijão é sagrado, todo santo dia tem que ter”, disse ela. “A lentilha e o grão de bico também estão mais caros. Para driblar esse aumento, eu incremento na culinária: faço quibe [por exemplo] e coloco verduras.”

O funcionário público Olivério Oliveira, de 63 anos, concordou com Maria José e disse que a alternativa é fazer pesquisas de preços nos supermercados da cidade. “O aumento foi geral. O [preço do] café dobrou, o feijão está muito caro, a arroz se manteve. Mas outros produtos, como os de limpeza, também dobraram o preço”, disse.

Oliveira faz suas recomendações para quem, como ele, tem de ir às compras com frequência. “Compro em promoções. Mas [nem sempre] compensa porque é preciso ficar andando de mercado em mercado. Acho abusivo, porque os produtos aumentam, mas o salário não”.

A auxiliar de enfermagem Jaciara Almeida, de 40 anos, reclamou do preço da carne e segundo ela, a alternativa para economizar é escolher cortes mais baratos. “A carne subiu bastante. Para economizar, estou comprando os cortes mais baratos. Compensa muito. Pego as promoções dos dias, por exemplo”, disse.

Elda Alves da Silva, 36 anos, que é acompanhante de idosos, disse que fica atenta aos anúncios sobre promoções dos supermercados. “Quando tem promoção na televisão, eu corro e compro, porque senão não tem condição de manter a alimentação. Reparei que aumentou muito o café, o arroz, o feijão. Isso faz muita diferença no bolso”, disse ela.

A analista de sistemas Sheila Catherine disse que tira da sua lista de consumo os produtos que julga caros. “Quando vou ao mercado e vejo que está mais caro que um outro, [simplesmente] não compro. Compro em outro [mercado] que esteja mais barato”, disse. Segundo ela, os produtos especiais, como aqueles que não têm glúten são ainda mais caros. “Há uma diferença de preço muito grande entre os itens com e sem glúten. O pão sem glúten é bem menor que o normal.”

Edição: Fernando Fraga