Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O projeto de revitalização e dragagem do Canal do Fundão, na Baía de Guanabara, que separa a Ilha do Fundão da cidade do Rio de Janeiro, deve ser concluído em maio deste ano. A informação foi divulgada hoje (17) pelo secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Minc.

O canal margeia a Linha Vermelha e, por isso, é uma das primeiras paisagens vistas por turistas que chegam ao Rio de Janeiro pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Há anos, o canal sofria com assoreamento e mau cheiro. A dragagem também beneficiará dois estaleiros próximos do Canal do Fundão, que hoje estão desativados.

O projeto incluía a dragagem do canal, a colocação do lodo tóxico em imensas bolsas que ficarão enterradas por 200 anos na Ilha do Fundão (onde está a Cidade Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro), o saneamento de uma vila de moradores da ilha e a construção de uma ponte entre a Cidade Universitária e a Linha Vermelha (via que liga a Baixada Fluminense à cidade do Rio, passando pelo Aeroporto do Galeão).

A ponte, inaugurada hoje, é do tipo estaiada e foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan, que também foi o responsável pelo projeto da Ponte JK, em Brasília. Já a dragagem teve 80% de seus trabalhos concluídos. “Também vamos construir três cais para pescadores da Maré [complexo de favelas que margeia o canal], porque agora o mar vai estar ‘mais para peixe’, com menos poluição”, disse Minc.

O projeto de revitalização do Canal do Fundão, no valor de R$ 320 milhões, foi pago pela Petrobras. Do total, R$ 200 milhões foram uma compensação ambiental por projetos da empresa na área da Baía de Guanabara, entre eles o do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e R$ 120 milhões são referentes a multas aplicadas à empresa pelo governo do estado por acidentes.

Edição: Talita Cavalcante