Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Polícia Federal em Mato Grosso, com o apoio do Ministério da Previdência e do Ministério Público Federal, desencadeou hoje (10) no estado a Operação BPC, de combate a fraudes na concessão de benefícios previdenciários. Estão sendo cumpridos 39 mandados judiciais, sendo quatro de busca e apreensão, além de 35 para conduções coercitivas.

As investigações, que transcorreram por 14 meses, começaram a partir de uma denúncia feita na Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários, em Cuiabá, pela filha de um dos segurados investigados. Segundo a testemunha, sua mãe, para conseguir um benefício assistencial, pagou ao intermediário, um suposto advogado, a quantia de R$ 3 mil, divididos em dez parcelas.

As fraudes, de acordo com a PF, consistiam na inserção de dados falsos nos sistemas da Previdência Social para serem usados nas concessões de benefícios previdenciários. Levantamentos preliminares feitas pela PF apontam que pelo menos 50 benefícios com indícios de irregularidades podem ter sido concedidos ilegalmente, com prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 950 mil.

Segundo a Polícia Federal em Mato Grosso, as buscas estão sendo feitas nas residências de dois servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de um intermediário e na agência da Previdência Social em Cuiabá. Além dessas, 35 beneficiários INSS foram levados para prestar depoimentos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.

Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e corrupção passiva. O nome da operação – BPC – é uma alusão ao tipo de psgamento mais fraudado pelos investigados, o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social.

Ao todo, 90 policiais federais e seis servidores do Ministério da Previdência Social participam da operação.

Edição: Talita Cavalcante