Iriny Lopes se despede afirmando que sucessora tocará "brilhantemente" a pasta

10/02/2012 - 14h20

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em discurso de despedida, Iriny Lopes, que deixou o cargo de ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), disse hoje (10) ter a certeza de que sua sucessora, a professora Eleonora Menicucci, tocará “brilhantemente” a pasta. “Estou muito feliz, tranquila. A presidenta Dilma [Rousseff] não poderia ter feito uma escolha melhor”, ressaltou.

Iriny comentou a decisão de ontem (9), do Supremo Tribunal Federal, que passa a permitir que o Ministério Público denuncie agressores mesmo quando as mulheres vítimas de violência tenham desistido de prestar queixa.

“Escolhemos uma lógica que nos levasse até um julgamento que acabaria de vez com o debate doutrinário sobre a constitucionalidade ou não da Lei Maria da Penha”, disse. “Precisamos dar à lei agilidade, eficácia, compreensão unânime por parte do Judiciário brasileiro”, completou.

Iriny prestou agradecimentos especiais aos membros do Conselho dos Direitos da Mulher, órgão que presidiu nos últimos 13 meses de governo. Ela avaliou que as conselheiras representam mulheres de todos os cantos do país com um objetivo em comum: fazer com que o plano nacional se torne uma realidade mais abrangente.

“Agradeço também às gestoras públicas de políticas para as mulheres nos municípios, onde os nossos projetos são executados. Essa é a política na ponta, onde a mulher vai procurar os serviços. É lá que as mulheres vão com seus filhos, buscando todos os programas do plano Brasil sem Miséria.”

Ainda durante discurso, Iriny prestou agradecimentos ao Congresso Nacional – em particular, à bancada feminina, sobre a qual se referiu como “a bancada de batom, pequenininha, barulhenta, eficaz, lutadora e guerreira”.

“Aos movimentos de mulheres, deixo o meu afeto, a minha solidariedade e o meu compromisso com a causa. Não podemos viver sem uma causa. Todos nós escolhemos uma pela qual viver. Vocês escolheram essa, de buscar a dignidade e a igualdade para as mulheres”, destacou.

 

 

Edição: Lílian Beraldo