Fórum temático de Porto Alegre preparou a sociedade civil para intervenções na Rio+20, diz ministro

02/02/2012 - 11h39

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse hoje (2) que o Fórum Social Temático (FST) 2012, realizado em Porto Alegre (RS) na semana passada, preparou a sociedade civil para intervenções durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), agendada para junho, no Rio de Janeiro.

“Entendemos hoje que, tão importante quanto a participação do governo é a pressão e a participação da sociedade na discussão sobre o tipo de desenvolvimento que vamos ter no mundo”, disse. “Se é um desenvolvimento consumista, que acaba com a natureza, que explora, que não prepara o amanhã, ou um desenvolvimento que cuida da natureza e que também faz inclusão social e debate as desigualdades. São modelos que serão discutidos na Rio+20 e que se discutiu intensamente nessa grande reunião de Porto Alegre”, completou.

Ao participar do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência, Carvalho avaliou que a Rio+20 será uma reunião de extrema importância para a vida do planeta. Não será, segundo ele, apenas mais uma conferência climática ou ambiental, mas um grande debate sobre o desenvolvimento sustentável.

“Estamos dando grande importância para a realização da Cúpula dos Povos [reunião que deverá ocorrer paralelamente à Rio+20, como contraponto às negociações formais]. A participação dos povos não é a cereja do bolo, é a essência da democracia”, ressaltou.

Sobre a participação da presidenta Dilma Rousseff no FST 2012, o ministro disse que a decisão de ir a Porto Alegre foi “muito significativa e importante”. Segundo ele, a presidenta não evitou responder a temas polêmicos – que ele classificou de “perguntas incômodas” – como a aprovação do novo Código Florestal e a operação de reintegração de posse de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). “A vida é assim, a democracia é assim. Dá trabalho, exige desprendimento, mas é a única saída para a gente não ir para a violência e para o autoritarismo.”

 

 

Edição: Lílian Beraldo