Ministra rebate críticas de que Rio+20 será teatro e diz confiar na força da sociedade para o sucesso da conferência

25/01/2012 - 20h57

Paula Laboissière
Enviada especial

Porto Alegre – A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, rebateu hoje (25) as críticas de que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será um teatro de governantes e disse que confia na força da sociedade civil brasileira e mundial para que o evento tenha êxito.

“Na realidade, é um debate que inicia um processo. A conferência estabelece processos, uma visão de médio prazo, novos compromissos e novos engajamentos. Eu não pactuo dessa visão de que é um teatro”, disse, ao participar do Fórum Social Temático (FST) 2012.

Segundo a ministra, o objetivo da conferência não é rever paradigmas ou legados da Rio 92, realizada há 20 anos na capital fluminense, mas trabalhar o conceito de desenvolvimento sustentável a partir de uma nova visão de mundo – onde as relações sociais e econômicas se modificaram. “A conferência está toda modelada para uma repactuação em torno do desenvolvimento sustentável. É um debate político, não é uma conferência em que você vai adotar um instrumento legal vinculante como foi em 92”, explicou.

Izabella lembrou que esta é a primeira vez que se faz um encontro dessa conjuntura no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ela, o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, demonstrou entusiasmo com a ideia, “porque estamos procurando novos caminhos de fazer a ONU dialogar diretamente com os países e a sociedade”.

“É uma conferência que vai debater novos empregos, inovação tecnológica, erradicação da pobreza, segurança alimentar, segurança energética e hídrica. Vamos discutir padrões de produção e consumo sustentáveis, obrigações para os países desenvolvidos”, disse. “Muito do que está na conferência é o que há anos este fórum aqui em Porto Alegre vem denunciando e mostrando que é preciso mudar”, concluiu.

Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Edição: Lana Cristina