Caso de raiva animal em São Paulo deixa donos de animais e veterinários em alerta

17/01/2012 - 12h36

Da Agência Brasil

Brasília - A morte de um gato, em São Paulo, contaminado com o vírus da raiva deixa em alerta donos de animais e também especialistas. A médica veterinária Amélia Margarido, da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil), disse à Agência Brasil que o ideal é vacinar os animais ao menos uma vez ano. Segundo ela, é fundamental também ter cuidado ao passear com os bichos devido à presença de morcegos – o principal transmissor do vírus.

A vacinação anual contra a raiva em cachorros e gatos é o primeiro passo para evitar a doença. É preciso anotar a data para não se esquecer da revacinação anual”, destaca. “Caso encontre um morcego em situação vulnerável [significa parado, sem movimento], o ideal é não chegar perto e avisar o órgão [de vigilância sanitária] competente.”

Amélia Margarido recomendou ainda que os animais não fiquem soltos nas ruas, pois o risco de exposição às doenças aumenta, inclusive de contaminação do vírus da raiva. “Qualquer pessoa que tenha sido atacada por um animal, mesmo sem saber se [ele] está vacinado, deve procurar atendimento médico imediatamente para avaliação e tratamento.”

Há quatro meses, a servidora pública Maria Luzineide, de 48 anos, ganhou um gato e disse que faltaram explicações sobre como cuidar do animal. “Fiquei muito preocupada com o caso que ocorreu em São Paulo, desde que tenho o gato, não soube de campanha alguma. Agora com essa morte [do gato em São Paulo] vou levar meu gato ao veterinário. Faltam divulgação e atenção do Estado com a saúde dos animais.”

A também servidora pública Elida Mayara, de 30 anos, disse que está sempre atenta ao calendário de vacinação dos animais dela. “Tenho dois gatos e cuido muito bem deles. Para mim, a vacinação tem que estar sempre em dia. Faz dois meses que vacinei meus gatos, tive que desembolsar R$ 30 para vacinar os dois”, disse.

A comerciária Divina Correa, de 53 anos, disse que evita deixar sua cadelinha poodle, de 10 anos, solta na rua, mas admite que nunca a vacinou.“Gosto muito de cachorro, mas para ser sincera nunca vacinei minha cachorrinha. Um dos cuidados que tenho com ela é não deixá-la solta para diminuir a possibilidade de contrair doenças”, disse. “Acho que a vacinação feita em casa ajudaria muito. Fiquei assustada com esse caso e serviu como alerta para mim”, completou.

Edição: Talita Cavalcante