Miriam Belchior diz que investimentos em prevenção de desastres são prioritários

06/01/2012 - 20h27

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em meio às chuvas que atingem a Região Sudeste, a ministra do Planejamento, Mirian Belchior, disse hoje (6) que os estados receberão apoio para medidas emergenciais, mas que os investimentos do governo em defesa civil terão como prioridade as ações de prevenção de desastres.

“Essa é uma orientação da presidenta Dilma Rousseff de mudar a forma de trabalhar ações de defesa civil. Não adianta trabalhar só na hora em que acontece a tragédia, é preciso trabalhar com soluções definitivas para essas ocorrências, para que elas não se repitam, ou sejam minimizadas”, disse a ministra à Agência Brasil.

Entre os investimentos de prevenção, a ministra citou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), criado para emitir alertas em áreas de risco de inundações, enxurradas e deslizamentos. “O Cemaden já está funcionando e conseguindo evitar mortes por causa dos alertas. Também criamos o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, que permite estabelecer uma rede nacional de informações, para que lá na ponta, a defesa civil possa ter a capacidade de se mobilizar”.

Segundo a ministra, a construção de barragens, como as que estão sendo feitas em Pernambuco e que foram alvo de polêmica por se tratarem de investimentos robustos no estado natal do Ministério da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, também se encaixam na lógica de priorizar ações de prevenção de desastres. Na avaliação da ministra, não houve irregularidade na utilização de crédito extraordinário para financiar os projetos.

Na próxima terça-feira (10), Miriam deve receber o governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, para tratar de repasses ao estado para recuperação de municípios atingidos pelas enchentes. Minas enfrenta a pior situação entre os estados do Sudeste afetados pelas chuvas de verão. A Defesa Civil estadual estima que 2 milhões de pessoas no estado tenham sido afetadas pelas chuvas. Quase 10 mil estão desalojadas e 512 desabrigadas. Pelo menos oito pessoas morreram.

Anastasia adiantou hoje que deve solicitar ao governo federal pelo menos R$ 1,5 bilhão para a execução de obras de prevenção de desastres naturais e saneamento básico.
 

Edição: Rivadavia Severo