Paraguai nega que Brasil e Argentina tenham fechado fronteiras para o gado do país

05/01/2012 - 17h49

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O secretário nacional da Saúde Animal e Qualidade do Paraguai, Daniel Rojas, negou hoje (5) que os governos da Argentina e do Brasil tenham fechado as fronteiras para a entrada do gado paraguaio. "Querem pintar uma catástrofe, mas a situação não é essa [de caos]”, disse. Há dois dias, o Ministério da Agricultura informou que vai suspender as importações de carne de bovinos oriundos do Departamento de San Pedro, no Paraguai, onde foi identificado foco de febre aftosa.

A suspensão é parte de uma lista de medidas divulgadas pelo governo brasileiro para proteger a fronteira do Brasil de uma possível entrada do vírus da doença. Segundo o ministério, a aftosa foi diagnosticada em bovinos de uma propriedade na localidade de Aguaray Amistad, no Departamento de San Pedro, a cerca de 30 quilômetros do foco notificado em setembro de 2011.

Ontem (4) o governo do Paraná determinou que os postos de fiscalizem atuem 24 horas na tentativa de evitar o ingresso de gado com aftosa no Brasil. Mas Rojas minimizou a situação dizendo que os produtores da região de San Pedro vacinaram um terço do gado. Porém, ele admitiu que a vacinação não garante 100% de proteção. No entanto, ele disse que há um esforço para vacinar mais uma vez o gado e assim dar a segurança de proteção absoluta.

O secretário reconheceu, no entanto, que houve falhas no processo de vacinação, pois parte dos funcionários encarregados permaneceu nos escritórios, ao invés de seguir para o campo. Ele disse porém que os problemas estão sendo contornados e que o esforço é para evitar o agravamento da situação.

Autoridades sanitárias dos governos do Paraná e de Mato Grosso do Sul já está mobilizaram forças policiais e o Exército para reforçar a vigilância no trânsito de animais e vão trabalhar de forma integrada com o governo federal.

O governo do Paraná encerrou há cerca de mês uma campanha de vacinação que imunizou aproximadamente 97% do rebanho e trabalha com o propósito de se tornar livre da aftosa, sem vacinação, até 2013.

*Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay
Edição: Rivadavia Severo