Bombeiros encontram segundo corpo soterrado sob os escombros da Rodoviária de Ouro Preto

04/01/2012 - 16h07

Alex Rodrigues
Enviado Especial

Ouro Preto (MG) – As equipes que trabalham na remoção da terra que deslizou sobre parte da rodoviária e de duas casas de Ouro Preto, na noite do último domingo (1), encontraram esta tarde (4) mais um corpo sob os escombros e confirmaram que é do taxista Denilson de Araújo Silva, de 25 anos. Com isso, sobe para seis o número de mortos em função das chuvas que castigam o estado desde outubro de 2011.

Esse é o segundo corpo encontrado no local, ao longo das últimas 63 horas. O primeiro foi o do taxista Juliano Alves, de 28 anos. Na hora em que parte da Serra de Ouro Preto caiu sobre duas das dez plataformas da rodoviária, Alves aguardava, dentro de seu carro, os passageiros que deveriam chegar à cidade no ônibus da 1h (de madrugada). Seu corpo só foi resgatado no início da noite de ontem (3), 18 horas depois que os bombeiros começaram os trabalhos de busca.

O segundo corpo foi encontrado nesta quarta-feira, às 14h45. Denilson de Araújo Silva estava desaparecido desde domingo, mas as autoridades só confirmaram que o corpo encontrado no início da tarde era dele por volta das 16h, devido ao estado em que o carro foi encontrado, o que dificultou o acesso ao seu interior.

Muitas pessoas presenciaram, a distância, o momento em que os bombeiros encontraram o carro e retiraram o corpo. Algumas haviam acabado de deixar a capela onde o corpo de Juliano Alves estava sendo velado, a menos de 50 metros de onde ele morreu. Tão logo o corpo de Denilson foi encontrado, a chuva, que ao longo de todo o dia havia dado uma trégua, voltou a cair com força sobre a cidade.

No momento do segundo resgate, 112 bombeiros, policiais militares e civis de equipes de apoio auxiliavam nas buscas. Mais de 200 homens e mulheres atuaram desde o início dos trabalhos. Além de dois cães farejadores, foram empregadas duas retroescavadeiras, duas pás carregadeiras, um helicóptero do Corpo de Bombeiros e vários caminhões.

Estima-se que cerca de 30 mil metros cúbicos de terra, vegetação e material pedregoso atingiram duas das dez plataformas da rodoviária no último domingo. Faltavam sete minutos para a meia-noite, conforme indica o relógio da estação de embarque e desembarque, que parou de funcionar no momento em que o telhado veio abaixo.


Edição: Lana Cristina