Capitania Fluvial de Brasília endurece fiscalização a embarcações no réveillon

31/12/2011 - 12h37

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Capitania Fluvial de Brasília vai intensificar a fiscalização às embarcações que irão trafegar pelo Lago Paranoá durante o dia de hoje (31) e as comemorações da virada de ano. O responsável pela segurança do tráfego aquaviário da Capitania, tenente Carlos Amoras, disse que será dada atenção especial ao controle da capacidade de passageiros e da ingestão de álcool pelo condutor da embarcação.

“Em hipótese nenhuma o condutor pode estar sob influência de álcool. Verificaremos o respeito ao limite máximo da embarcação. Vamos intensificar [a fiscalização]. É bom que saibam que haverá um endurecimento nesse aspecto da segurança”, disse o tenente.

Nesses casos, a embarcação pode ser apreendida e o condutor, perder sua habilitação. Amoras explica que, para efeito de fiscalização, toda criança acima de 1 ano de idade e adultos que não fazem parte da tripulação (piloto e funcionários da embarcação) são contabilizados como passageiros.  

Segundo o tenente, duas lanchas com militares farão o patrulhamento durante todo o dia em horários pré-definidos e também serão realizadas inspeções em cinco balsas não tripuladas, que se posicionarão perto dos clubes na orla do lago com fogos de artifícios. Ele explica que, para cada uma dessas balsas, é exigida uma ou mais embarcações de apoio.

Amoras disse que não costuma haver muitas ocorrências no réveillon, mas que no período de Natal foram feitas três apreensões de jet-ski conduzidos por menores de idade não habilitados. A Capitania Fluvial de Brasília é responsável pela frota de barcos do Distrito Federal e Goiás, a terceira maior do país, com cerca de 42 mil embarcações, atrás apenas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Somente no Lago Paranoá trafegam cerca de 2 mil dessas embarcações.

O tenente disse que a fiscalização no lago foi intensificada depois do acidente ocorrido em maio deste ano, que levou à morte de nove pessoas, entre elas um bebê de 6 meses de idade. A apuração policial do acidente indicou que houve negligência por parte do piloto e do dono da balsa, que levava mais de 100 passageiros e estava com a manutenção atrasada, além do excesso de peso. O lago artificial tem cerca de 50 quilômetros quadrados de extensão. A profundidade, em alguns pontos, chega a 38 metros.

 

 

Edição: Lílian Beraldo