Projeto da Ceagesp contra desperdício doa alimentos para entidades filantrópicas

27/12/2011 - 16h18

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O projeto da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), criado para evitar desperdício, deve encerrar o ano com a doação de cerca de 2 mil toneladas de verduras, frutas e legumes para entidades carentes. O Banco de Alimentos, que funciona desde 2003, distribuí por mês, em média, 200 toneladas de alimentos para mais de 160 entidades assistenciais cadastradas.

O Brasil é o quarto produtor mundial de alimentos. Produz, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), 25,7% a mais do que necessita para alimentar a sua população.

Segundo a nutricionista do Banco de Alimentos da Ceagesp, Alessandra Figueiredo, são selecionados alimentos doados por cerca de cem empresas - produtores e comerciantes atacadistas que geralmente estão instalados no próprio entreposto. “Normalmente, os produtos vêm em pacotes com uma ou mais de suas unidades estragadas, o que deixa todo o conjunto sem valor comercial. O banco retira os alimentos danificados e distribui os em boas condições a creches, asilos, abrigos, hospitais, e casas de recuperação de dependentes químicos”, disse.

De acordo com Alessandra Figueiredo, foram doadas no primeiro semestre deste ano 879 toneladas de verduras, legumes e frutas. Ela informou que no segundo semestre, a média de doações aumenta para cerca de 200 toneladas por mês. “Temos de avaliar toda a carga que chega, ver se o alimento não está totalmente comprometido, e orientar as instituições sobre como preparar”, explicou a nutricionista.

Uma das entidades que recebe os produtos do banco do Ceagesp é o Albergue Zancone, na Vila Leopoldina, em São Paulo, que atende a cerca de 150 pessoas por dia. O centro de acolhida oferece todas as refeições do dia à população de rua. “Verduras e frutas do Ceagesp são muito importantes, porque quando falta alguma coisa, a gente tem de complementar comprando”, diz Edivalda Ferreira, gerente do albergue.

 

Edição: Aécio Amado