Polícias rodoviárias Federal e estaduais vão agir juntas nos 60 trechos mais perigosos das estradas brasileiras

19/12/2011 - 19h35

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Começou hoje (19) e vai até 27 de fevereiro a operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para reduzir o número de acidentes nas estradas do país neste período de férias. Com apoio das polícias estaduais, a Operação RodoVida irá cobrir 60 trechos, em 18 estados do país, que respondem por 22% dos acidentes mais graves registrados pela corporação. 

“Em todo feriado e fim de ano há ações programadas, mas nunca houve um nível de articulação entre os estados e a PRF. Sempre foram situações desconexas. Agora, estamos planejados e vamos intervir em conjunto. Isso vai nos permitir um enfrentamento dessa situação”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cada um dos 60 trechos monitorados tem 10 quilômetros (km) de extensão. Segundo levantamento feito pela PRF, todos têm uma característica em comum: dão acesso a vias estaduais ou municipais. A ideia da Polícia Rodoviária Federal é montar, com as autoridades de trânsito estaduais e minicipais, barreiras de fiscalização simultâneas nas rodovias federais e nas vias de acesso localizadas próximas dos pontos críticos.

Segundo Cardozo, os acidentes acontecem por três causas principais: consumo de bebidas alcóolicas, uso inadequado e imprudente de motocicletas e excesso de velocidade combinado com ultrapassagens indevidas.

Os 600 km que serão cobertos pela operação registraram quase 700 acidentes com morte este ano. O trecho mais perigoso está no Pará, entre os quilômetros 0 e 10 da BR 316, logo na saída de Belém. Em seguida, estão os trechos entre os quilômetros 200 e 210 da BR 101, em Santa Catarina, e os quilômetros 0 e 10 da BR 262, no Espírito Santo, na saída de Vitória.

A PRF estima que o custo social dos acidentes nas rodovias federais este ano somou R$ 7,9 bilhões, considerando os registros de janeiro a setembro. A partir da experiência com a Operação RodoVida, Cardozo espera que o modelo integrado de trabalho entre polícias rodoviárias federais, estaduais e agentes de trânsito possa se repetir em outros períodos do ano. “Esse é o nosso sonho e vamos começar por aquilo que podemos fazer, colocando todos os nossos agentes na estrada”. 

Edição: Vinicius Doria