Bolsa Família é impessoal e evita clientelismo, avalia Dilma Rousseff

16/12/2011 - 17h29

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal assinou hoje com os estados da Região Centro-Oeste termos de compromisso para tirar da miséria 557 mil pessoas das áreas urbana e rural de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal. A solenidade de assinatura, no Palácio do Planalto, teve a presença da presidenta Dilma Rousseff e dos governadores dos quatro estados.

Em seu discurso, Dilma sublinhou caráter de política de Estado do combate à miséria, agora com adesão de todos os estados. “Governadores de diferentes partidos podem e são capazes de conviver em um programa com a mesma bandeira”, disse. Segundo a presidenta, o enfrentamento da extrema pobreza ocorre por meio de várias ações, entre elas o Programa Bolsa Família cuja sistemática de repasses aos beneficiários (cerca de 13 milhões de famílias) é feita por “método impessoal” e que “evita clientelismo”.

Dilma Rousseff associou o crescimento econômico à inclusão social com inclusão produtiva dos mais pobres na economia. “Nosso país mudou de paradigma de visão quando nós percebemos que para o país crescer nós precisávamos crescer junto com eles, e nós teríamos que elevar o nível de renda das populações mais pobres do país. Na nossa concepção, não há como este país ser rico se tiver pobres”.

Durante ao evento, a presidenta comemorou o fato de o governo ter ampliado este ano o cadastro de famílias beneficiárias do Bolsa Família em mais 407 mil registros (50% da meta de 800 mil famílias); ter inscrito 71 mil pessoas em vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); ter incluído 82 mil agricultores no Programa de Aquisição de Alimentos de Agricultura Familiar (PAA); e viabilizar a instalação de 315 mil cisternas.

A ampliação das ações sociais foi atribuída à busca ativa como é chamado o conjunto de estratégias para localizar e atender as populações pobres. Para Dilma Rousseff, a estratégia dará sustentabilidade às ações sociais do Programa Brasil sem Miséria, intensificando o atendimento à população carente. “Em 2012, vamos fazer muito mais que isso. Foi preciso botar o bloco na rua; e agora que estamos com o bloco na rua, sabemos que será possível fazer muito mais”, disse.

Para a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, a busca ativa é “a maior prova que está havendo uma mobilização social no país”, disse. Entre as razões para aumentar o número de inscritos nos programas sociais, a ministra listou as campanhas governamentais, articulação e integração das equipes locais (desde assistentes sociais até companhias elétricas) e a reformulação do Cadastro Único (CadÚnico). “O Cadastro Único está se tornando de fato um cadastro de políticas sociais”.

O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, presente à cerimônia, avaliou que a inclusão de pessoas nos programas sociais é fruto de novas formas de organizar os serviços de atendimento, como a criação de consultórios na rua, funcionando até a meia-noite; o atendimento odontológico móvel na zona rural e o aumento das equipes do Programa Saúde da Família nas escolas.

 

Edição: Aécio Amado