Chanceleres do Brasil e do México se encontram para discutir integração econômica

07/12/2011 - 16h35

Da Agência Brasil

São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (7) que a relação com o México é especialmente interessante. Patriota se reuniu com a chanceler mexicana, Patricia Espinosa, na capital paulista, para discutir o Acordo Estratégico de Integração Econômica, firmado em 2010 entre os dois paíse. “O México tem no Brasil o principal destino dos seus investimentos na América Latina, com o comércio superando US$ 7,5 bilhões. É um comércio predominantemente de produtos manufaturados”, disse o ministro brasileiro.

Ele disse que os investimentos brasileiros no México também estão crescendo. “Hoje temos um estoque de US$ 4 bilhões de investimento. Há um interesse muito grande do empresariado brasileiro nessa aproximação e no nosso projeto de acordo estratégico”. Os dois chanceleres querem acertar, no âmbito do acordo estratégico, um calendário de reuniões para acelerar a negociação. “A ideia é ter uma reunião a cada dois meses para estabelecer um relação exemplar na cooperação econômica e comercial com o México, baseada nessa crescente confiança que temos sido capazes de construir”, disse Patriota.

A chanceler Patricia Espinosa disse que a relação de diálogo e cooperação entre os governos mexicano e o brasileiro é permanente e, por isso, essa relação deve ser aprofundada. “Já nos reunimos em várias ocasiões e em diferentes encontros multilaterais. Destacamos a vontade de nossos presidentes de dar a essa relação bilateral uma particular importância, tanto pelo papel e peso que os dois países têm, como pela responsabilidade compartilhada na condução dos processos regionais, especialmente”.

O Acordo Estratégico de Integração Econômica inclui todos os setores da economia dos dois países e trata de temas como acesso a mercados, questões regulatórias e relações institucionais. "É um projeto diferente, mais ambicioso e abrangente e que se constrói em cima de uma relação que se beneficiou de outros acordos”, disse Patriota.

Edição: Vinicius Doria