Maior legado das Olimpíadas será despertar consciência sobre importância do esporte, diz ministro

05/12/2011 - 10h58

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (5) que o principal legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, será despertar o país para a importância da prática esportiva.

“Será despertar, consolidar, ampliar horizontes na mentalidade do país, que considere a prática de esportes como um bem social, um bem ligado aos interesses das pessoas. Não só pelo aspecto do lazer, da educação, da saúde, mas também pela valorização do esporte como uma prática que ajuda na formação do caráter”, disse durante um seminário sobre a preparação dos Jogos, na cidade do Rio.

Segundo o ministro, a sociedade e o Estado brasileiro se omitiram, no passado, e não incentivaram o esporte. Prova disso, de acordo com o ministro, são numerosas escolas que sequer têm espaços para a prática esportiva. “Temos uma dívida muito grande com o esporte”, destacou.

De acordo com Aldo Rebelo, o Brasil também precisa aproveitar as Olimpíadas para impulsionar o esporte de alto rendimento, isto é, aquele praticado em grandes competições. Para isso, o governo e a sociedade podem aproveitar a experiência e o conhecimento acumulado, na área da ciência esportiva, pelas Forças Armadas e universidades.

O ministro também lembrou que a Presidência da República já criou a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, que será vinculada ao Ministério do Esporte, e enviou ao Congresso uma mensagem para a criação dos cargos necessários ao funcionamento da nova agência.

Rebelo lembrou que os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 deverão custar R$ 23 bilhões aos governos federal, estadual e municipal. Segundo o ministro, 83% dos investimentos em obras e serviços necessários às Olimpíadas (cerca de R$ 19 bilhões) caberão ao governo federal, enquanto os governos estadual e municipal serão responsáveis por 12% (cerca de R$ 2,7 bilhões) e 5% (R$ 1,2 bilhão), respectivamente. Segundo ele, os impactos econômicos da competição no Rio de Janeiro e no Brasil serão “vastos”.

Edição: Talita Cavalcante