Medidas do governo para estimular o consumo foram bem recebidas pelo Iedi

01/12/2011 - 14h19

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O pacote de medidas anunciadas hoje (1º) pelo governo para estimular o consumo foi avaliado como "muito bom" pelo economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Julio Gomes de Almeida. Segundo ele, é preciso lembrar que o consumo interno caiu nos últimos meses e que o governo está agindo com cautela para não deixá-lo cair ainda mais.

“Não podemos esquecer que o Banco Central baixou a taxa de juros ontem (31). Essa medida é independente das anunciadas hoje, mas vai na mesma direção de estimular o consumo, que caiu significativamente nos últimos meses. Nossa situação não tem a gravidade dos países europeus, o mercado de consumo continua bom, mas vinha mostrando sinais de fraqueza crescente”, disse.

Para o economista, o consumo vai aumentar, mas é preciso cuidado para que esse efeito não seja muito forte a ponto de alimentar a inflação. “Para evitar isso, o governo tem outras ações, como reduzir outros impostos e dar incentivos maiores, além de ampliar e facilitar o crédito. É um jogo de tentativa e erro em que a política econômica vai procurando aumentar o consumo".

As medidas anunciadas pelo ministro da fazenda, Guido Mantega, incluem redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões e máquinas de lavar), redução de 2% para zero da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide na aplicação de investidores estrangeiros em bolsas de valores, desoneração dos imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, além de desonerações em produtos como trigo, farinha e pão.

Edição: Vinicius Doria