Tratamento antirretroviral evitou a morte de 2,5 milhões de pessoas desde 1995

21/11/2011 - 11h32

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A ampliação do tratamento antirretroviral conseguiu evitar a morte de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas com HIV em países de baixa e média renda, desde 1995, segundo relatório divulgado hoje (21) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (Unaids).

De acordo com o diretor do Unaids no Brasil, Pedro Chequer, 700 mil mortes foram evitadas apenas em 2010, em todo o mundo, por meio da ampliação do acesso aos medicamentos. “Nossa grande arma tem sido a terapia antirretroviral”, disse. “A aids tornou-se política de Estado”, completou.

As novas infecções por HIV, de acordo com o documento, caíram de forma significativa ou se estabilizaram na maior parte do mundo. Na África Subsaariana, os índices caíram mais de 26% desde o pico da epidemia, em 1997. Na África do Sul, país com o maior número de novos casos de infecção, a queda foi de um terço no mesmo período.

No Caribe, as novas infecções foram reduzidas em um terço desde 2001 e em mais de 25% na República Dominicana e na Jamaica. As taxas também caíram no Sul e Sudeste na Ásia (mais de 40% entre 2006 e 2010).

Entretanto, segundo Pedro Chequer, uma das surpresas negativas indicadas pelo relatório trata do aumento de novas infecções no Leste da Europa e na Ásia Central, além dos altos índices na Oceania, no Oriente Médio e no Norte da África.

Edição: Talita Cavalcante