Apesar do fim da greve dos Correios, usuários reclamam de falhas em serviços

13/10/2011 - 14h22

Da Agência Brasil

Brasília – Depois de 28 dias de paralisação dos funcionários dos Correios em todo país, mais de 185 milhões de cartas e encomendas ainda aguardam para serem entregues. A direção da empresa informou à Agência Brasil que serão necessários de sete a dez dias para a normalização das entregas. O secretário da questão racial da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), Robson Luiz Pereira Neves, disse hoje (13) que todos os funcionários voltaram ao trabalho.

“Foi a maior greve realizada pelos Correios. Mais de 70% do efetivo parou e até as cidades que nunca aderiram a uma paralisação reforçaram o movimento. Estávamos fazendo a greve não só por questão econômica, mas por falta de mão de obra e de excesso de trabalho para todos, principalmente, os carteiros”, disse Neves.

No entanto, os usuários se queixam do longo período em que os Correios não funcionaram e também reclamam das falhas no retorno das atividades hoje. “O atendimento está lento. A agência está vazia, os funcionários estão trabalhando, mas estou aguardando a um bom tempo”, disse o estudante Sílvio Xavier.

Para o biólogo Maurício Nascimento, ainda há um clima de greve parcial, pois as postagens de Sedex e o Disque Coleta estão suspensas. “Estou com uma sensação de frustração, pois minhas prestações [enviadas pelos Correios] estão atrasadas. Vim até aqui [a uma agência dos Correios] para fazer uma postagem de Sedex 10 e não consegui”, reclamou.

A gerente corporativa de Representação Institucional dos Correios, Thelma Yeda, recomendou que a população não se dirija às agências para retirar encomendas – incluindo cartas. Segundo ela, o ideal é telefonar antes para a Central de Atendimento dos Correios.

“Em algumas localidades é possível buscar a carta ou encomenda desde que seja registrada. [Mas antes] é preciso ligar para a Central de Atendimento dos Correios, informar o número do registro e verificar se há possibilidade de retirada na unidade em que se encontra a encomenda”, ressaltou Yeda.

O fim da paralisação foi determinado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na última terça-feira (11). O tribunal aprovou reajuste salarial de 6,87% a partir de agosto com aumento linear de R$ 80 em outubro, além de tíquete-alimentação de R$ 25, vale-cesta de R$ 140 e vale extra de R$ 563,50.

 

 

Edição: Lílian Beraldo