Destruição de armas retidas em fóruns será mais ágil

11/10/2011 - 17h01

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um acordo firmado hoje entre o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cezar Peluso, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, permitirá a destruição de milhares de armas que estão retidas em órgãos judiciais. O acordo faz parte da Campanha do Desarmamento, e tem o objetivo de facilitar a liberação de armas que não façam mais parte de investigações criminais.

Levantamento do CNJ feito até abril deste ano constatou que há cerca de 755 mil armas retidas em órgãos judiciais. O número é superior ao total das armas recolhidas pela Campanha do Desarmamento desde 2004 (570 mil). Desde 2008, 500 mil armas foram regularizadas.

O armazenamento de armas em órgãos judiciais tem motivado a ação de grupos criminosos que invadem prédios para reavê-las. “Reduzindo o número de armas alcançaremos mais tranquilidade nestes locais que viraram alvo de criminosos”, explicou Peluso.

Cardozo disse não saber quantas armas poderão ser destruídas de imediato. “Vamos fazer uma triagem para ver aquelas [armas] que, de imediato, podem ser destruídas para que possamos apressar o procedimento. Para aquelas que não podem ser liberadas, esperamos resolver no menor tempo possível”.

A Campanha do Desarmamento de 2011 foi lançada em maio e recolheu 26 mil armas. Cerca de 6,5 mil são consideradas de grande porte, como escopetas, metralhadoras e fuzis. São Paulo é o estado onde mais armas foram recolhidas, 6.620.

 

Edição: Rivadavia Severo