Ministério Público em Goiás quer saber por que Anvisa proibiu anfetamínicos

07/10/2011 - 6h46

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás quer saber por que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu retirar do mercado remédios para emagrecer à base de anfetaminas. Na última terça-feira (4), a diretoria da agência reguladora decidiu banir os inibidores de apetite anfetamínicos (anfepramona, femproporex e mazindol) e tornou mais rigoroso o uso da sibutramina,  também utilizada no tratamento da obesidade.

De acordo com o ministério, reportagens publicadas pela imprensa indicam que a agência reguladora não ouviu os médicos sobre o assunto e profissionais de saúde alegam não haver comprovação científica de que os medicamentos são prejudiciais aos pacientes.

O MPF em Goiás abriu um inquérito civil público e pediu à agência que encaminhe, no prazo de dez dias, informações e estudos em que a probição se baseou.

Com a decisão da Anvisa, os remédios com anfetamina não podem mais ser prescritos pelos médicos, nem fabricados no país, e os atuais registros serão cancelados. As farmácias e drogarias terão dois meses para retirá-los das prateleiras.

A agência reguladora argumenta que estudos internacionais constataram a baixa eficácia dos emagrecedores derivados de anfetamina na perda de peso e os riscos à saúde do paciente.

Edição: Graça Adjuto