Meningite tipo C mata mais dois na Bahia

22/09/2011 - 17h42

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Secretaria de Saúde da Bahia confirmou hoje (22) mais duas mortes por meningite tipo C no estado. Um funcionário da rede hoteleira da Costa do Sauípe, onde foi registrado um surto da doença, estava internado em um hospital em Salvador e morreu na tarde de ontem (21). Um menina de 9 anos, que não tem relação com o surto de Sauípe, segundo a secretaria, também morreu nessa terça-feira.

No início do mês, três empregados da rede hoteleira da Costa do Sauípe morreram em consequência da doença.

Para evitar mais mortes e casos na região turística, pessoas que apresentavam sintomas da doença ou tiveram contato com doentes tomaram antibióticos. Desde que a medida foi adotada, não surgiram novos casos de meningite, de acordo com a Secretaria de Saúde. Empresários do setor hoteleiro e autoridades do governo acertaram uma vacinação em massa dos funcionários.

De janeiro até agora, a Bahia registrou 70 mortes por meningite. No mesmo período do ano passado, foram 87 mortos.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que os casos identificados na Bahia estão dentro do padrão. Segundo a pasta, a meningite é uma doença endêmica, ou seja, podem ser registrados casos durante todo o ano.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus e fungos. A transmissão ocorre por meio do contato direto entre pessoas que convivem em um mesmo ambiente, quando o doente expele gotas e secreções do nariz e garganta. Os sintomas são febre alta repentina, dor de cabeça intensa, vômito, náuseas, rigidez da nuca e manchas vermelhas na pele.

Há vacinas contra alguns tipos de meningite, disponíveis no calendário de imunização das crianças, grupo com maior risco de contrair a doença. Para se prevenir contra a meningite, a recomendação é que as pessoas evitem aglomerações e mantenham os ambientes ventilados, além de procurar um médico assim que surgir os primeiros sintomas.

Edição: João Carlos Rodrigues