Dilma encerra hoje viagem aos Estados Unidos

22/09/2011 - 17h21

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff encerra hoje (22) sua viagem aos Estados Unidos, onde além de participar da 66ª Sessão da Assembleia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), manteve intensa agenda de encontros bilaterais. A previsão é de que Dilma deixe Nova York, rumo ao Brasil, às 20h, horário local, uma hora a menos do horário de Brasília.

Hoje à tarde, havia a previsão de que a presidenta participasse da reunião de alto nível sobre diplomacia preventiva, um dos debates que fazem parte da 66ª sessão. Dilma, no entanto, designou o chanceler Antonio Patriota para representá-la.

Na avaliação da presidenta, nos seis discursos que fez em Nova Iorque, ela teve a oportunidade de deixar claro o posicionamento da política externa brasileira. No discurso de abertura da Assembléia Geral da ONU, Dilma mencionou a proposta defendida pelo secretário-geral da ONU, o coreano Ban Ki-moon, de utilizar cada vez mais a chamada "diplomacia preventiva, como forma de resolver os conflitos mundiais. A defesa da presidenta brasileira se deu em contraposição às intervenções militares feitas em países em conflito, principalmente nos últimos dois anos na chamada Primavera Árabe".

Dilma também defendeu a participação dos países emergentes na busca de uma saída para a crise mundial e apoiou a entrada da Palestina na ONU, posição contrária à política norte-americana que já anunciou veto ao pleito dos palestinos.

Hoje pela manhã, durante a reunião de alto nível sobre segurança nuclear, a presidenta pediu o fim do que ela chamou de "privilégios" de alguns países de terem bombas atômicas. Ela classificou de "ultrapassadas" as regras definidas durante a Guerra Fria que permitem a países como os Estados Unidos, a Rússia, China, o Reino Unido e a França de terem arsenal bélico atômico. São as chamadas potências nucleares definidas pelo Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), de 1° de janeiro de 1967.

"A posse desses arsenais, por apenas algumas nações, cria para elas direitos exclusivos. É resquício de concepção do mundo formada no pós-guerra que já deveria ter sido relegada ao passado", disse a presidenta. Dilma defendeu a eliminação completa das armas atômicas e que a ONU se envolva com a questão.
 

Edição: Rivadavia Severo