Manifestação contra a corrupção reúne mais de 2 mil pessoas no centro do Rio

20/09/2011 - 21h37

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Mais de 2 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, estão reunidas neste momento na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, em um ato contra a corrupção no país. Com faixas, cartazes e vassouras, elas gritam palavras de ordem contra a impunidade. A previsão dos organizadores era que o ato reunisse cerca de 30 mil manifestantes, o que não se confirmou.

O ato, convocado pela internet pelo movimento Todos Juntos contra a Corrupção, tem o apoio de entidades de classe, estudantes, funcionários públicos e organizações não governamentais (ONGs), como o movimento Rio de Paz.

“O movimento surgiu na rede social depois de lermos em um jornal de fora do país que no Brasil ninguém se mexia contra a corrupção. Por isso, resolvemos nos mobilizarmos em torno da causa do combate à corrupção”, disse Cristine Maza.

O movimento reúne pessoas de todos os sexos, tendências, idades e unidades da Federação. O empresário André Leite Santos saiu de Fonte Nova (MG) para participar do protesto. “Já estive em várias manifestações pelo país, inclusive a que defendia do projeto da Lei da Ficha Limpa. Chegou a hora de nos unirmos mais em torno do combate á corrupção.”

O ator Marilio Carvalho, que percorre o país apresentando um monólogo sobre a vida de Tiradentes, saiu de Barra do Garças (MT) para engrossar o coro pelo fim da corrupção e da impunidade no país. “Tiradentes mostrou seu amor ao Brasil, mas hoje a maioria dos políticos prega o contrário: o desamor ao país”.

O pai do cantor Frejat, José Frejat, 88 anos, também participou da manifestação. “A população tem mais é que se mobilizar. Não tenho mais medo do grito dos maus, mas sim da apatia dos bons. Das pessoas que não se movem, fazem piada com a corrupção e depois vão para o sossego de suas casas sem nada fazer. Se as pessoas não fizerem algo, a tendência é de que a corrupção aumente.”

Os organizadores do movimento aproveitarem o ato para recolher assinaturas pedindo pressa na tramitação do projeto de lei que transforma em crimes hediondos os delitos de concussão e corrupção ativa e passiva, além de propor o aumento da pena para esses crimes.

Edição: João Carlos Rodrigues