Governos e operadoras devem aumentar investimentos para reduzir perdas de água, diz coordenador

11/09/2011 - 12h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A diminuição das perdas de água no sistema brasileiro exige investimentos significativos  na área, além de melhoria na gestão, na qualificação dos profissionais, em serviços e equipamentos, disse à  Agência Brasil o coordenador do Sistema  Nacional de  Informações sobre o Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda.

“Se não investir, não vai conseguir baixar [o nível de perda]”. Os investimentos feitos pelas operadoras, prefeituras municipais e governos estaduais  em água e esgoto somaram R$ 7,8 bilhões em 2009. “Para a necessidade do país, é pouco”, avaliou Miranda. Ele lembrou, no entanto, que na comparação da série histórica, esse valor foi “recorde absoluto no ano”.

Para o coordenador do Snis, o investimento está crescendo, mas ainda é inferior ao necessário para universalizar o serviço. De acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), seriam necessários para a área de água e esgotos no país investimentos de R$ 267 bilhões em 20 anos - média de R$ 13 bilhões por ano - contra um  investimento atual de R$ 7,8 bilhões.

“Precisamos trabalhar com um crescimento contínuo até atingir o topo da curva”, disse Miranda. Ele lembrou que há muita obra contratada no setor. Somente o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em sua fase inicial, tem contratados R$ 35 bilhões. “Esses números vão começar a aparecer como executados a partir deste ano”, estimou.

Edição: Graça Adjuto