Internet é usada para orientar população em Santa Catarina

09/09/2011 - 11h52

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil

Curitiba – Órgãos do governo e a população de Santa Catarina usam a internet como ferramenta para orientar os moradores sobre os perigos das fortes chuvas. Nas últimas 92 horas, o volume de chuva ultrapassa 200 milímetros – quantidade esperada para o mês inteiro em alguns municípios. Sites de relacionamentos, como o Facebook , são usados como meio de aviso pelas instituições governamentais. O Twitter é a opção dos moradores para se mobilizar e ajudar pessoas que estão em locais críticos.

Os sites da Defesa Civil e das prefeituras emitem boletins em tempo real atualizando dados e divulgando alertas para que a população saiba o que está acontecendo e possa tomar providências. “Águas sobem rapidamente na região do Bambuzal, Bairro São Vicente. A recomendação é para a retirada imediata”, avisa a prefeitura do Vale do Itajaí no Facebook.

Na noite de ontem (8), os avisos na rede alertavam para o perigo de a água atingir as casas. “Saia de casa antes que a água atinja a residência. Atenção especial para mulheres e crianças, que devem seguir para os abrigos. Quem for para os abrigos públicos, se puder, leve colchão, cobertor e travesseiros.”

“O abrigo da Escola João Duarte, Bairro São João, precisa com urgência de voluntários. São 7 pessoas ajudando cerca de 70 desalojados. Se alguém estiver na região da escola, ajude o abrigo levando alimentos, água e cobertas”, avisa a população em uma página de relacionamento.

A moradora de Itajaí Marli Cardoso, de 73 anos, que em 2008 teve a casa inundada, conta que este ano as coisas estão acontecendo bem diferentes. “Perdemos todos os móveis por falta de informação dos órgãos públicos, que poderiam, como estão fazendo este ano, informar como proceder. Naquele ano, a água chegou a 1 metro dentro da minha casa. O que sobrou foi muita lama, resto de móveis e desespero.”

Ela disse que, desde ontem (8), tem acompanhado tudo o que é divulgado nos meios de comunicação e se sentiu mais segura para tomar as providências a fim de evitar o que ocorreu em 2008.

Edição: Talita Cavalcante